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  Acontece na Paróquia  

Maristela Festucci e Sérgio Bassi - PASCOM Santa

Sexta-feira Santa reúne comunidade para Adoração à Cruz e Procissão de Cristo Morto


Em continuação ao Tríduo Pascal e refletindo sobre o imenso sacrifício de Cristo para nos salvar, celebramos no dia 25 de março, Sexta-feira Santa, a celebração de Adoração à Cruz, a partir das 15h, e mais tarde, às 18h30, a Procissão de Cristo Morto.


Os santos da igreja foram cobertos com tecidos de cor roxa, simbolizando o luto, a dor e a penitência. No altar, não havia toalhas nem flores. Ao chegar à igreja, a comunidade já estava com o espírito preparado pela Vigília, que teve início após a missa de Lava-Pés, na Quinta-feira Santa, e pelas Horas Santas que aconteceram até às 14h. Permanecendo em silêncio, todos aguardaram o início da celebração e a entrada do pároco, que também aconteceu quieta e sem músicas.


A partir da primeira leitura já tomamos ciência do que Cristo iria enfrentar, por meio da profecia de Isaías: "Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele" (ref. Is 53, 3). Com cânticos leves e em tom mais baixo, a celebração chegou ao Evangelho, lido com a participação de membros da comunidade. Após a descrição da morte de Jesus, a igreja se ajoelhou para refletir e agradecer o imenso amor de Deus por nós. A seguir, o Padre Tiago nos mostrou, em sua homilia, que não devemos apenas enterrar Jesus; refletir sobre o Calvário é importante para a nossa fé, mas não podemos deixar que nossa Páscoa termine nesse momento de tristeza: ainda temos a celebração da vitória de Cristo sobre a morte.


Após as leituras, chegamos ao momento da Oração Universal, tradição da Sexta-feira Santa. Rezamos pelas necessidades da Igreja, pela salvação do mundo, pelos poderes públicos, pelos que sofrem e por nossa comunidade. Ao final da celebração, deu-se início a adoração à cruz, prática muito antiga na Igreja Católica, em que os primeiros cristãos, que ainda viviam sob a realidade cruel das crucificações, se emocionavam e renovavam sua fé ao tocar a madeira que simbolizava o sacrifício de Jesus. Primeiro o padre, seguido dos ministros e coroinhas, e depois toda comunidade, em fila, beijou o símbolo maior do sofrimento de Cristo, ao som dos cânticos próprios para este momento, entoados também em tom mais leve e baixo.


Assim como na missa de Lava-Pés, não houve bênção final, mas uma oração sobre o povo, pois o Tríduo Pascal compõem-se de uma missa em três partes, que se encerra apenas no Sábado de Aleluia. Após a Adoração à Cruz, com o mesmo espírito de retidão e silêncio, a comunidade se despediu até a hora da Procissão.






Procissão Penitencial de Cristo Morto



Ao anoitecer, nossa comunidade reuniu-se para a clássica Procissão de Cristo Morto. A perspectiva de chuva não afugentou os fiéis, que compareceram massivamente. Para iniciar a procissão, podia ser vista em frente à igreja uma grande concentração de pessoas, entre elas, ministros, coroinhas e cerimoniários, além daqueles que carregavam os andores de Nossa Senhora das Dores e do Cristo Morto. Contamos, também, com um carro de som para melhor animar o evento com músicas e muita oração.


O Padre Tiago conduziu a procissão pelas ruas do bairro de Santa Terezinha, iniciando na Praça Rui Barbosa, seguindo pela Alameda Marquês de Barbacena, Rua Porto Seguro, Rua Pedro Álvares Cabral, Rua Guararapes e finalizando na Alameda São Bernardo, com o retorno para a igreja. O formato da procissão foi o de Via Sacra, com 14 paradas no decorrer do percurso, sendo a 15ª estação realizada dentro da paróquia, no final do evento. Assim, pudemos reviver os principais momentos de Cristo no caminho para o Calvário, sentindo tristeza por toda a injustiça ocorrida, mas também sendo muito gratos por todo o ensinamento que Jesus nos proporcionou durante Sua vida, inclusive nos momentos de maior sofrimento.


Realizar uma procissão é um modo de mostrar que o povo de Deus encontra-se unido e em movimento, com direção a um ideal: proclamar sua fé e a crença que Jesus Cristo é o Senhor. Também representa a peregrinação de cada um, com suas dificuldades, perante às quais não devemos esmorecer! Assim como o Cristo não desistiu de nós e de seu projeto de Amor quando esteve entre nós. Nesta noite, não celebramos um Cristo Morto, mas sim um Cristo Vivo, que ressuscitou ao terceiro dia e teve que passar pela morte para conquistar esta grande Vitória. Morte esta, que foi o ápice de todo o seu sofrimento na vida terrena.


Em meio ao percurso, ocorreu o que as previsões indicavam: começou a chover. Porém, aquilo que poderia ter estragado a procissão foi, na verdade, um fator fundamental para a união dos paroquianos. Foi uma incrível demonstração de colaboração na divisão dos guarda-chuvas, muitas vezes com pessoas desconhecidas, e também de força de vontade, pois os paroquianos puderam, passando por uma situação de algum desconforto, entender que estávamos ali por uma razão maior. A vida em comunidade é justamente assim: auxiliar uns aos outros nos momentos de dificuldade para que, juntos, possamos passar por todos estes pequenos ou grandes obstáculos que ocorrem durante nossa jornada.


Ao retornar para a igreja, realizamos a 15ª estação da Via Sacra, aquela que nos recorda a Ressurreição de Cristo. Com muita alegria, comemoramos isto que é o ponto alto da fé do cristão católico. Pudemos relembrar que confiar em Deus e seguir seu projeto de amor ao próximo vale a pena, apesar de todo o sofrer que talvez venhamos a passar. Tudo isto nos fortalece e nos deixa mais próximos do Pai, ao lado de quem, um dia, esperamos estar. Seguir a Deus e vencer as tentações, certamente, não é tarefa fácil. Mas Deus nos ama, nos incentiva e nos perdoa para que, um dia, possamos nós também celebrar nossa própria vitória.


A comunidade, com extrema alegria, pôde cantar: "Porque Ele vive, eu posso crer no amanhã. Porque Ele vive, temor não há", enquanto comemoravam, nesta estação, a Vitória contra a morte. Foi um momento muito especial.


Certamente, a Semana Santa nos revigora a fé! E havia, ainda, mais celebrações por vir... Não deixe de acompanhar as demais matérias!


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