Padre Mahon celebra missa de despedida na Paróquia Santa Teresinha
Antes de voltar para a França, o padre José Mahon fez questão de despedir-se de nossa paróquia com uma celebração repleta de emoção, boas lembranças e alegria
Neste sábado – dia 17 de setembro –, tivemos, em nossa paróquia, a presença abençoada do Padre José Mahon, que foi pároco em nossa Igreja durante 10 anos, no período de 1961 a 1971. A missa foi presidida por nosso pároco, Tiago Silva, a pedido do próprio padre Mahon, devido a sua condição física atual.
Exercendo o sacerdócio há 65 anos e com 90 de idade, Padre Mahon nos surpreendeu com sua vitalidade intelectual, engajamento político e uma linda bênção final, que emocionou todos os presentes. Dentre as dezenas de pessoas que compareceram para lhe prestar homenagem pela ocasião de seu retorno à França, havia batizados, crismados, pessoas que tiveram seu casamento celebrado por este padre e outras, ainda, que fizeram a primeira eucaristia com ele.Alguns dos presentes fizeram questão de testemunhar os momentos mais importantes de suas histórias de vida que envolvem o Padre Mahon.
Dona Maria José Godoi teve seu casamento celebrado por Mahon, em Campinas, e suas duas filhas batizadas por ele, em nossa Paróquia de Santa Teresinha. As filhas e os netos de Dona Maria José estavam, inclusive, participando desta missa em homenagem ao pároco. Toda a família estava muita emocionada.
Dona Darci Polesi também teve seu casamento celebrado por Mahon, em 1962,na Paróquia Santa Gema. Local este no qual ele fundou a Casa da Acolhida, onde, até hoje, são servidas 160 refeições diárias aos pobres da região. Dona Darci é uma das voluntárias que dá continuidade à obra do padre, ajudando no serviço das refeições há 26 anos. Ela, ainda, teve o privilégio de tê-lo em sua casa no aniversário de 50 anos de seu matrimônio. Mahon não só compareceu para abençoar a união do casal, como também almoçou em comemoração à data, chegando à residência com uma enorme bandeira do Corinthians para assistir ao jogo com a família.
Da paróquia São Paulo Apóstolo, no Jardim Zaíra, em Mauá, contaram suas lembranças com o padre os paroquianos Rubens, Roseli, Ana Maria, Cida, Rosangela, Edna e Olinda Sonia. Eles foram ministros, ministras, catequistas e outras figuras importantes dentro da Igreja na época do pároco.
A história de Mahon abrange muito mais do que este simples relato. Ele participou ativamente, junto com a população, durante a ditadura. Entrou em fábricas como um trabalhador comum para evangelizar – e por isso, era chamado de padre operário. Mahon foi e continua sendo defensor incansável dos pobres.
“Infelizmente, hoje, todo mundo quer ser rico. Daqui a alguns anos não teremos mais riquezas para alimentar o povo. Pois os ricos querem ficar com a maior parte. A riqueza – o dinheiro – é outro deus, que quer ser mais poderoso que o Deus da Bíblia. A gente vê todos os dias nos jornais qual tipo de deus é o dinheiro. É contra esta sociedade que vamos entrar em teimosia, como falava Dom Angélico: ‘Sejam teimosos’. Eu sou teimoso e não volto atrás.”
Padre José Mahon
O Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, em parceria com o IMA (Instituto Centro de Memória & Atualidades), criou uma pequena biografia de Mahon contando sobre sua estada em nosso país e seus feitos. Para saber mais acesse o Instituto Centro de Memória
Para ver o álbum de fotos completo clique aqui!